5 de abril de 2011

Pano de Vidro

Uma minifloresta cerca esta casa de 300 m² em plena metrópole paulistana. Reformada com muito vidro e acabamentos rústicos, ela mimetiza o verde ao redor sem ofuscar a elegância de sua arquitetura contemporânea e o aconchego da decoração, composta de móveis de família. Da mata para a represa, mostramos uma casa que também extraiu o melhor da paisagem!


Autora da reforma da casa, a arquiteta Claudia Haguiara escolheu a pedra moledo (Amazonas Pedras) para revestir o paredão da lareira. Herança de família, as chaises são dos anos 1950. Tapete da By Kamy.


 A fachada era uma caixa fechada. A reforma expôs a estrutura de aço e substituiu parte da alvenaria por vidro. Cortinas de voal da Divano Decorações. A vegetação é composta de guaimbês.


Na lateral, a casa tem jeito de mirante graças à varanda com deque. Chama a atenção o mix de materiais, caso do aço corten dos pilares e do fulget da escada (Vieira de Menezes Pisos e Revestimentos).
 
 
O piso do estar mostra a diferença entre a área original, de ipê, e a parte ampliada, de cimento queimado. A parede ganhou tecnocimento (Carlos Eduardo Nakazato). Sofá Togo, da Ligne Roset.
 
 
Em qualquer parte da sala, dividida em três ambientes, o verde é sempre personagem central. O sofá preto e as poltronas são herança de família. Na lateral esquerda, no canto, você vê a mesinha cinza da Forma.
 
 
Na sala de jantar, os móveis de época mais uma vez marcam a decoração. “O conjunto de mesa e cadeiras era da minha avó”, conta a moradora. O bufê veio de uma feirinha e o lustre industrial foi presente da arquiteta.
 
 
Os novos fechamentos de vidro integraram dentro e fora, fazendo surgir quadros vivos em salas e quartos. Diante do verde, a decoração com móveis de família ou comprados em feirinhas se aquieta, apoiada em uma base neutra. “Usei pedra, aço corten, madeira e cimento queimado, materiais que combinam com o entorno”, diz Claudia Haguiara. Na área externa, caminhos de fulget se integram à paisagem de helicônias, guaimbês, palmeiras, abacateiros, amoreiras e muitas outras árvores, já existentes na mata nativa, morada de corujas, preás e inúmeros pássaros. Vem deles o único som que interrompe o silêncio. Toc-toc. Não é ninguém batendo à porta. São os pica-paus.







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